terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Cores de Frida...







A Hipocrisia diária do... “Salve os animais!”


Eu, Ana Luiza Montes, aqui cansada depois de faxinar toda a casa, entro no face e vejo mais gatinhos e cachorrinhos do que gente. É um tal de não maltrate seu melhor amigo com uma baita foto daqueles cachorrinhos pequenos que custam os “zói da cara”, ou um gatinho super fofo todo com aquela carinha de carente.
Amar o que é belo, fofo, meigo e gentil é fácil, mas para mim hipocrisia!!!
Do que adianta compartilhar no face as mais adoráveis fotos dos gatinhos e cachorrinhos felizes dizendo, “ampare quem não sabe se defender”, “ajude quem nunca vai lhe trair”, “adote um animalzinho de rua”. Enquanto você curte comer aquele churrasquinho com os amigos no fim de semana? Por acaso você já viu uma vaca ninja que soubesse se defender? E você sabe como ela é morta para chegar a sua mesa? E um frango de granja? Você sabia que ele tem em média apenas de 28 a 42 dias até seu abate para ir parar suculento e dourado em sua mesa?
Ah! E nós moças quantas vezes ameaçamos cucaratchas indefesas com nossas sandálias de borracha? De preferência com as legítimas Havaianas para termos a certeza de que foram deste mundo para outro, pois sabe como são as baratas, sempre insistem em não morrer! E os moços de plantão, quantas vezes mataram a cobra e ainda mostraram o pau? Sabe como é, se não mostram o pau, alguns até duvidam de sua masculinidade! Adolescentes compram maquiagens de todas as cores e nuances e se esquecem que elas são testadas nos tão amados animaizinhos, como os cachorrinhos fofos das fotos do facebook. E o torresminho que você curte comer no bar tomando aquela gelada com seu amigo, um deixa eu te contar, vem de um cadáver, sabia?!
E quem aqui já foi num rodeio? Sabe quantas atrocidades são feitas com os pobres dos animais? Rinha de galo, não podeeee!!! Uma vez que a própria natureza desses animais é o que lhes implica a duelar, já experimentou criar um Aseel e um Shamo junto para ver o que acontece??? Não, né?! Mas a porcaria do rodeio onde os órgãos genitais dos animais são apertados até que eles pulem, é válido! O maior evento nacional de rodeio, em Barretos, recebe em torno de um milhão de pessoas, perdendo apenas para o Carnaval do Rio de Janeiro. Será que é por isso que não é proibido??? Humm, deixa eu pensar, acho que não, quase nem deve dar dinheiro!
Então, só para que todos entendam porque eu não compartilho as fotos dos animais meigos e fofos, é só porque não quero parecer hipócrita, não curto ver animal sendo prejudicado, não, mas ainda gosto de carne de boi, vaca, frango. E churrasco, então... Odeio baratas, pernilongos, esperanças, e tenho medo até de borboletas, quando vejo qualquer tipo de inseto mato igual ao Capitão Nascimento! E briga de galo, não condeno não, afinal até eu, subo no ringue de vez em quando.
Portanto, não sejamos hipócritas! Se for para adotar, que seja uma criança carente, se for para matar a fome que seja de um menino de rua, se for para denunciar os maus-tratos que seja daquele vizinho que bate em sua esposa, ou aquele pai autoritário que espanca seu filho. Isso caro amigos, é o que mais vemos em Além Paraíba!
Cuidemos dos animais, mas antes tenhamos amor ao próximo, aos nossos irmãos, as pessoas de nossas famílias. Cuidando uns dos outros teremos afeto suficiente para dividir com os animais!!! É só o que penso! Sei que muitos me julgarão insensível, mas todos aqueles que de fato entenderam o que eu quis dizer, vão concordar!
 
  

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Palavras...


Não gosto de pessoas que suprimem sentimentos como em um texto onde se transcreve diretamente e palavras por conseqüência são suprimidas, eu não... Não gosto de quem sai por ai expondo suas reticências.
Gosto de gente como a gente, gente que se expressa entre sentenças e que usa vírgula na hora certa. Gosto de pontos finais, quando eles são necessários.
Ainda gosto de trovadorismo e sei que em algum lugar, lá no meio do não sei onde, alguém me espera para compor uma sonata!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Inconstante...

Sempre usando a pessoa primeira, menino inconstante provido de palavras certeiras. Tão rápido e esperto, o tempo foi curto pra me arrepender. Olhares articulados, gestos simples e largos. Com ares de nômade, feições familiares, e o toque gélido, quase incomum. Menino tão claro, da boca ascendente, de observar tão puro, sem juízos de valor. Suas mãos tão pequenas e ágeis demonstram paredes intransponíveis em seu interior. Menino que salvando as horas, mudando parte da história, surgiu pra me reescrever. E assim queimando meus velhos planos, traçou qualquer coisa de incerto em mim. Um caminho secundário, quase estigmatizante. Hoje... decidi não sentir sua falta, porque além de teu corpo tão claro, seu sorriso ascendente e sua mãos ágeis, quero um pouco de seus devaneios e alma. Com sua presença desajeitada e seus verbos de loucura sã. 

domingo, 17 de junho de 2012

Agonia


Já nem mais sei se é dor, ou pretexto para poesia...
Sei que sua história, ontem, de tão bela me convencia.
Amanhã se já não te vejo,
Hoje, insisto, em me fazer chorar.
E assim entre o viver e o almejar,
Sigo exercendo o meu “não direito” a eutanásia;
Não a eutanásia da vida,
Mas aquela do cantarolar,
Do sentir na barriga o ensejo
De sonhar...
De estar tremula sem sentir frio.
Já nem sei se importa se haverá vida além do ponto final.
Mas pretendo escrever versos,
Que estejam para sempre na memória.
Mesmo que eu já tenha nascido póstuma,
Ainda tentarei num exercício contínuo a chance de recomeçar.